domingo, 18 de março de 2007

O Oitavo Mal Amado

Eu lembro dela, como se fosse um sonho que teima em assombrar minhas horas despertas. Lembro daquele sorriso tão singelo e daqueles olhos tão perdidos, que pareciam me evitar, mas ainda assim iluminavam meus dias. Me lembro de falsas esperanças, doces ilusões e amargas decepções, tudo isso dando um estranho sentido a minha existência. Lembro de a ver passar por minha vida como uma estrela cadente, distante e inatingível, e como tal desaparecer, levando sem perceber meus sonhos, esperanças e decepções, deixando para trás apenas o vazio, o vazio que sinto, o vazio que sou, e lembranças que são como sonhos que teimam em assombrar minhas horas despertas.


Marden Linares

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