sábado, 26 de julho de 2008

Vê?!

Quando a maré virou,
E a vida não soprou,
Em tuas asas, me fiz salvar.
E se é você, Nem sei
se o anjo bem me quer...




Deixo ela me...le...var.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Uma ultima canção de amor

- Ei cara, toca ai aquela musica nova que você fez. – Fala o Marco estendendo o violão para mim. Eu faço um sinal dizendo que não estou muito a fim, mas ele continua insistindo, insistência essa que começa a contagiar todo o pessoal que estava lá reunido conosco na praça. Eu ainda tento me esquivar um pouco dizendo que ainda faltam alguns detalhes, mas é o mesmo que nada.
- Toca, por favor... – Ela fala, fazendo aquele olhar que só ela consegue fazer e que eu ainda não aprendi a resistir. Meio contrariado eu solto um longo suspiro e estendo a mão para pegar o violão do Marco, enquanto lanço para ele um olhar significando “Você me paga, infeliz!”. Ele por sua vez me passa o violão enquanto sorri cinicamente como se dizendo “Amigo é para essas coisas, cara.”. Eu ajeito o violão, respiro fundo e começo a tocar, embora decididamente seja muito desconfortável fazer isso com ela aqui, especialmente porque essa musica, assim como quase todas que eu fiz antes, é para ela. Eu bem que poderia fingir um infarto ou algo assim para escapar dessa, mas talvez seja até melhor. Afinal essa é a ultima canção que eu faço assim. No meio da musica eu crio coragem e olho para ela, na minha imaginação milhões de cenas impossíveis dela reconhecendo para quem é a musica e pulando nos meus braços, ou qualquer outra coisa risível assim. Na realidade ela está do jeito que eu esperava, conversando distraída com alguém, sendo o alguém em questão um sujeito que eu nem sei quem é, que aparentemente veio acompanhando ela. De repente ela sorri para o sujeito, um daqueles sorrisos que eu sei que ela nunca vai dar para mim. Ainda assim isso me atinge feito uma facada e não consigo evitar de ranger os dentes e erras os acordes. A musica acaba, o pessoal até me aplaude e ela fala um “Nossa, ficou legal...” meio distraído, um pouco antes de se despedir de nós e sair com o tal sujeito.
- É... Adeus. – Eu falo baixinho para mim mesmo – Só cuidado com esse sorriso, menina, ou vai acabar matando alguém.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Inutilidades

De que adianta eu estar sempre por perto se ela está sempre distante ?
De que valem tantas noites em claro se ela nunca vai sonhar comigo ?
De que adiantam todos os momentos legais se eu nem consigo fazer ela sorrir ?
De que valem os meus poemas se eu não consigo dizer a ela o que eu sinto ?
De que adianta tudo me lembrar dela se ela sempre me esquece ?
Nada.
Absolutamente nada.