domingo, 28 de setembro de 2008

De quase um ano atrás.

são nas horas mais solitárias, essas entre meia noite e onze e cinquenta e nove da noite. são nelas que me sinto frágil e necessitado, quando mais preciso de uma mulher para me abraçar, beijar e dizer que está aqui comigo e que amanhã não vai ser melhor nem pior, mas estaremos juntos de qualquer forma. prontos para o que quer que venha...e não importa o nome dessa mulher. pode ser Ela ou Você...eu vou amá-la do mesmo jeito: como ninguém jamais o fará.

sábado, 27 de setembro de 2008

qualquer semelhança com a verdade não é pura coincidência.

era ela quem fazia os mal amados. todos eles, cada um, só existiam por causa dela. era ela quem provava do coração de todos sem nunca servir o seu numa bandeja. não, não ela. seu coração era um prato frio que nunca seria digerido por todos os que sonhavam em queimar suas línguas no amor que sonhavam emanar dela. estavam todos errados, todos amando quem não deviam amar, quem nunca amaria sem ter dúvidas. e quando se ama não se tem dúvidas, só se tem amor.
ela é quem tem caixas cheias de amor, guardadas debaixo da cama, dentro de um armário empoeirado, para não se contagiar com o amor que há nas coisas. ela é quem tem todas as músicas que poderiam haver e ainda mais, é quem tem os versos de poetas desconhecidos, a prosa de escritores apagados. é ela quem tem tudo o que tantas já sonharam ter, mas esconde tudo, nega tudo porque... porque... ninguém sabe ao certo os porquês dela.
é que dizem que nas coisas do amor não se têm razões. deve ser bem verdade.
e ela era amada por todos. por quem conhecia bem e por quem mal conhecia, era desejada, admirada, verdadeiramente amada. era invejada por garotas que não entendiam o quão mágica ela era porque não possuiam mágica nenhuma, e até garotas mágicas se sentiam intimidadas por ela. não é algo que se possa explicar bem, essa coisa da magia, só se pode ver, sentir, saber que existe, que está no ar.
e ninguém deixava de amá-la sem pagar um preço. ninguém simplesmente a jogava de lado como um brinquedo que não se quer mais ou uma roupa que, embora fosse uma das mais confortáveis outrora, agora estava pequena demais para o corpo. não... deixá-la significa ter medo. medo do desconforto do incerto, de todas as impossibilidades e possibilidades do amanhã. deixá-la é quase tomar consciência de que existe todo um mundo de garotas por aí e que provavelmente haverá uma mágica semelhante à dela, mas não é ela. deixá-la é nunca abandoná-la por completo, é ter sempre um pedaço dela em alguma parte de você.
dizem que o que amamos na pessoa é a impossibilidade de tê-la. e, para todos, ela era impossível e eternamente amável.